domingo, 5 de julho de 2009

FUP

É... metade do ano já passou...
Hora de dar um FUP nas famosas promessas de fim de ano... pra quem não se lembra..la vêm elas:

planos para 2009... que não podiam faltar...
tomar juizo - ta... eu sei... denovo...
arrumar um novo (bom) emprego
continuar solteiro
viajar
comecar um curso de frances
e esquecer o ano de 2008.

E o resultado:
Arrumei um novo (bom) emprego (estágio)..
viajei (carnaval maravilhoso) (e pretendo viajar mais)
já esqueci boa parte do ano de 2008.
quanto ao curso de francês... talvez eu mude pra espanhol devido meu novo emprego (estágio)
mas... tomar juizo e continuar solteiro são coisas um pouco conflitantes... eu preferi só tomar juizo.


domingo, 17 de maio de 2009

O Sotaque das Mineiras

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar... 
Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?

Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'. 
Assino, achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. 
Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.

Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.' 
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.

Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. 
Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...

Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?' Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc)
O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'

Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.

Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que,'apaixonado com'.
Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'
Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com
todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.

Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir..'
Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta... Só não me perguntem! 
Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.

No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. 
Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena,suspirará:
'- Ai, gente, que dó.'

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras... Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'. 
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.

Ah, e tem o 'Capaz...'
Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'?
É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? com algumas toneladas de
ironia.. Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá. 

É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?
Completo ele fica: '- Ah, nem...' O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou
não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. 
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.
Resposta: 'nem...'
Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?

Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.

Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'...
- Que' s coisa? - ela retrucará.
O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o 'que'!

Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'.
E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:
- Ele pôs a culpa 'ni mim'.

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... 
Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.
E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam. 
Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.
Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.

Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. 
Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.
É útil deixar claro o destinatário do tchau...

(F.P.B. Netto)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ctrl +C ... Ctrl +V

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.  

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é…Autenticidade.  

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de… Amadurecimento.  

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é… Respeito.  

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… Amor-próprio.  

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade.  

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes. Hoje descobri a… Humildade  

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.  

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é… Saber viver!!!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como gerir uma empresa de sucesso

Claro que esse título foi irônico...
Mas a empresa vai muito bem, obrigado. Podia estar melhor. Sempre pode melhorar.

Hoje estava relembrando meus tempos de Auxiliar Técnico Jr. em um provedor de internet, o qual eu prefiro não mencionar o nome. E agora, estudando administração, eu posso perceber diversas falhas de gestão, as quais eu ja tinha visto antes, mas agora eu tenho um enfoque teórico. 
Era uma empresa pequena (menos de 20 funcionários)... trabalhei la durante um pouco mais de um ano. Fazia de tudo... desde atender telefones, manutenção da rede, instalação de novos clientes, instalação de antivirus em computadores de clientes, recebimento de pagamentos, etc. E recebia salário minimo, + TR + VT. Moleque ainda... primeiro emprego... aqueles R$277,00 eram sempre bem vindos no final do mês. O SM era 300, mas tinha os descontos do governo. Durante esse tempo, eu recebi, além dos aumentos de trabalho, um aumento de R$1,00 no TR (passou de R$5,00 para R$6,00). É... era um trabalho árduo... mas alguem tinha que fazer. 
Certo dia... (eu adoro lembrar dessa história...) o diretor da empresa reclamou dos inadimplentes, e deu ordens diretas de não liberar o acesso de ninguem sem o pagamento. ...nem se ele fosse... o papa. 
Liberar o acesso dava um certo trabalho... alias, tudo la dava trabalho... o servidor era baseado em unix. E como eu ficava sozinho das 8:00 as 22:00, as merdas sempre sobravam pra mim. Os clientes chegam do trabalho, querem entrar na internet, e ela não funciona. Um desses clientes liga, informa que sabe que ta devendo, mas que precisa da internet. Óbvio que eu disse que não ia liberar nem se ele fosse o papa. Ordens do diretor. Mas ele não gostou muito disso... No dia seguinte ele foi la cancelar e fazer reclamações sobre a minha pessoa... um mero seguidor de ordens... Sorte minha eu não estar presente... Achei que ja ia juntar minhas tralhas quando cheguei na empresa... mas so levei uma bronca leve... e pelo sorriso do diretor, ele bem que gostou da minha astúcia. Uma semana depois o cliente ainda voltou la pra reativar o serviço. Quanta ingenuidade. Eu achei ate engraçado... vi pessoas perderem o emprego por coisas bem mais bobas que isso. Depois teve a vez do ajudante. Eu trabalhava das 16:00 as 22:00, por 300 merréu por mes. O novo funcionário...(vou repetir) o NOVO funcionário trabalhava das 14:30 as 22:00 (1h30m) a mais e recebia 450. (regra de 3... 6h x 300 = 1,5 x 150) (HAHAHA). Claro que isso era muito errado. Conversei com o diretor... perguntei se eu podia trabalhar das 14:30 as 22:00, e receber algum $$ a mais por fora... ele disse que tudo bem. Me pagaria R$100,00 a mais. (peraeee.. faz as contas comigo... 300,00+ 100,00 = ??) eu ia ganhar menos que o NOVO funcionário! Ok... ele aceitou me pagar a mesma coisa... 150,00 a mais... Mas acho que ele não sabia que enquanto estávamos la, eu tinha que fazer o meu serviço, o serviço do funcionário velho, que não aguentou e pediu demissão (o que ja incluia verificar emails, atualizar páginas da web de clientes - ou como diz no site: os nossos webdesigners especializados- e continuar atendendo telefones) e o serviço do funcionario novo... que não sabia nada, e não tinha muita vontade de aprender. Foi nessa época que passei a ter medo de telefones... Acho que eles não sabiam... mas quando o telefone tocava... eu falava: "Tudo bem... não se preocupe... daqui a pouco pára de tocar." Quando me mandaram embora... disseram que precisavam de uma pessoa mais comprometida com o serviço. Eu acho.. que comprometimento se compra. E nem custa tão caro. O reconhecimento do trabalho de um funcionário pode ajudar a empresa a crescer. Um funcionario satisfeito gera satisfação do cliente. Um cliente insatisfeito gera perda de clientes. Durante o tempo que trabalhei la... não ouvi sequer um "obrigado". Muitas vezes, isso é tudo que se precisa ouvir. 

sábado, 3 de janeiro de 2009

Quick post

Estava dando uma arrumada nos arquivos do meu computador, e acabei encontrando 3 arquivos de texto (é.. .txt mesmo) com esses 3 textos. Foram textos que de alguma forma marcaram minha vida... e merecem estar nesse blog. Não lembro quando, nem como isso aconteceu. Mas vendo os três hoje, assim, juntos... me faz pensar em como isso pode ter me ajudado a enfrentar alguma faze de minha vida, e ter, de alguma forma, moldado a pessoa que sou hoje.

3 posts para refletir.

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"Pros erros há perdão;
pros fracassos, chance; 
pros amores impossíveis, tempo. 
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. 
O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. 
Desconfie do destino e acredite em você. 
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Luis Fernando Veríssimo

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Soneto de Fidelidade - Vinicius de Morais

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor que tive:
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.